segunda-feira, 21 de julho de 2014

"O MODELO DOS MODELOS"



O texto de Ítalo Calvino nos faz refletir sobre a hipótese de "o modelo dos modelos", o qual  "deverá servir para obter modelos transparentes diáfanos, sutis como teias de aranha, talvez até mesmo para dissolver os modelos ,ou até mesmo para dissolver-se a si próprio." Diante do que o Sr. Palomar almejava, podemos afirmar que não existe uma receita que padronize o todo, isso vale para todas as instâncias. Quando trazemos o texto para a realidade educacional, devemos urgentemente romper os paradigmas de uma educação tradicional e centralizadora onde o professor detém o conhecimento,saber. Ultrapassado o modelo tradicional, massificado, percebemos o aluno como o sujeito que constrói seu conhecimento baseado em suas próprias experiências, tendo o professor como mediador desse processo. Ainda nesse contexto, o Plano do Atendimento Educacional Especializado segue essa proposta, encarregando-se de traçar estratégias para cada um de seus alunos, respeitando suas dificuldades, ressaltando suas potencialidades e considerando principalmente suas especificidades.

quinta-feira, 5 de junho de 2014

FICHAS PECS




A metodologia PECS (Picture Exchange Communication System) foi desenvolvida em 1985 e é utilizada para estabelecer uma comunicação com pessoas com autismo e outros déficits de comunicação.
A atividade desenvolvida na SRM tem como objetivo primordial estabelecer uma comunicação com alunos com diagnostico de TGD/TEA. Primeiramente a professora da SRM fará um levantamento das preferências do aluno e em seguida construirá fichas com imagens de tais preferências que posteriormente serão apresentadas e oferecidas ao aluno. Lentamente o professor vai trabalhando a possibilidade do aluno pegar a ficha,iniciando assim uma comunicação. No decorrer da atividade o grau de dificuldade será aumentado,ao ponto de se manter sempre uma comunicação.
"Na fase 1,ensina os alunos a iniciarem uma comunicação desde o início pela troca de uma única imagem,de um item altamente desejado; na fase 2,ensina os alunos a serem persistentes e comunicadores,para procurar de forma ativa suas imagens e encaminharem-se a alguém a fim de fazer um pedido; na fase 3,ensina os alunos a discriminar as imagens e a selecionar a imagem que representa o item desejado; na fase 4,ensina os alunos a usar a estrutura de frases sob a forma de "eu quero..."; na fase 5, ensina a responder a questão "o que você quer"; na fase 6,ensina os alunos a comentar as coisas no seu ambiente,através de respostas espontâneas para cada questão." (Bez,2014)

domingo, 20 de abril de 2014

SURDOCEGUEIRA E DEFICIÊNCIA MÚLTIPLA



A surdocegueira é uma deficiência única onde a pessoa apresenta perda da audição e visão ao mesmo tempo. McInnes (1999) subdivide as pessoas com surdocegueira em quatro categorias:
  • indivíduos que eram cegos e se tornaram surdos;
  • indivíduos que eram surdos e se tornaram cegos;
  • indivíduos que se tornaram surdocegos;
  • indivíduos que nasceram ou adquiriram surdocegueira precocemente,quer dizer,não tiveram a oportunidade de desenvolver uma determinada linguagem.
A deficiência Múltipla é considerada como uma associação de duas deficiências ou mais,como por exemplo: física e psíquica; sensorial e psíquica; sensorial e física; física,psíquica e sensorial.
Diante do exposto podemos compreender que a surdocegueira não é considerada deficiência múltipla,pois a pessoa com surdocegueira não recebe as informações do mundo que a cerca, precisando sempre de uma mediação com o uso dos canais sensoriais: tato, olfato, paladar, cinestésico, proprioceptivo e vestibular, enquanto na deficiência múltipla sempre haverá a percepção das informações através de um dos canais: visão ou audição.
As estratégias utilizadas para a aquisição da comunicação das pessoas com surdocegueira e com deficiência múltipla são a comunicação receptiva e expressiva. Comunicação receptiva é quando alguém recebe a informação por meio de uma fonte que pode ser a escrita ,a fala, a Libras, etc. A comunicação expressiva é quando requer um comunicador,quer dizer, quando é preciso que uma pessoa repasse a informação podendo ser por meio do uso dos objetos, gestos, movimentos do corpo, etc. O ambiente deve ser planejado e organizado de maneira adequada, respeitando as escolhas e o tempo desses alunos e favorecendo sua interação com pessoas e objetos,isso auxilia a realizar antecipações, obter pistas e escolher com quem quer estar e as atividades que deseja fazer. (Bosco,Mesquita,Maia,2010).

Referência Bibliográfica: A Educação especial na Perspectiva da Educação Escolar. Surdocegueira e deficiência Múltipla. SEE/MEC. Ismênia Bosco,Sandra Mesquita,Shirley Maia, 2010.

segunda-feira, 10 de março de 2014

EDUCAÇÃO ESCOLAR PARA PESSOAS COM SURDEZ
ANA VIRGINIA BARRETO DE PONTES DINIZ

Repensar a educação inclusiva para pessoas com surdez vai além de ensinar essa ou aquela língua, pois aproximadamente dois séculos que as discussões vem acontecendo no âmbito político e epistemológico entre gestualistas e oralistas.

A educação de pessoas com surdez se fundamenta em três abordagens diferentes: a oralista, a comunicação total e o bilingüismo. Segundo os estudos o bilingüismo foi a abordagem que melhor se adaptou as necessidades do aluno com surdez.

Com o Decreto 5626/05 que regulamentou a Lei de Libras, possibilitando assim a estruturação das propostas educacionais, viabilizando a organização de turmas bilíngües constituídas por alunos com surdez e ouvintes.
A política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (2008) vem propondo mudanças significativas no ambiente escolar e nas práticas pedagógicas, promovendo assim a inserção e a aprendizagem dos alunos com surdez na escola comum.

O Atendimento Educacional Especializado para Pessoas com Surdez acontece em três momentos: Atendimento educacional Especializado em Libras, Atendimento Educacional Especializado de Libras e Atendimento Educacional Especializado para o ensino da Língua Portuguesa que, numa perspectiva inclusiva rompe paradigmas reconhecendo o potencial e a capacidade dos alunos com surdez, potencializando seu pleno desenvolvimento e aprendizagem. (Damazio, 2010)

Vale ainda ressaltar que o Atendimento Educacional Especializado é de fundamental importância nesse processo de aprendizagem dos alunos com surdez, pois conta com um professor habilitado, capacitado e conhecedor da proposta que planejará as atividades juntamente com o professor regente da sala de aula comum.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:


DAMÁZIO, Mirlene Ferreira Macedo. Formação Continuada a Distância de Professores para o Atendimento Educacional Especializado. SEESP MEC / SEED. Brasília. 2007.